sábado, 20 de junho de 2009

Agarra que é aldrabão


Quando alguém que conhecemos bem - que, infelizmente, nos "entra" todos os dias em casa - assume durante vários anos um determinado estilo e, de um momento para o outro, afirma o seu contrário é no mínimo estranho ... para não dizer bizarro

O que fica dito acima ganha ainda mais amplificação e força de verdade se pensarmos que quem tem este tipo de atitudes é alguém que se diz determinado, "implacável" no prosseguimento do seu programa "modernizador", "reformista", etc ...

Serve isto para dizer que, como diriam colegas da Blogosfera, os socialistas querem criar a ideia de que há um Sócrates 1.0 (versão antes das Europeias) e um Sócrates 2.0 (versão pós-Europeias e entrevista ao Dia D da Sic-N). A ser verdade, o que significa isto politicamente?
  • Que temos um primeiro-ministro que, chamuscado pelo eleitorado nas europeias, percebe que o mundo paradisíaco em que vivia é afinal um inferno para maiorias absolutas e outras cálculos

  • Nesse sentido, há que correr atrás do prejuízo e fazer tudo que está ao alcance para ganhar votos - seja de que maneira for! É a caça ao voto mais despudorada e selvática possível

  • Portanto, a "reforma brilhante" de Maria de Lurdes Rodrigues na avaliação dos professores é agora uma "avaliação exigente e demasiado burocrática"; o TGV de "obra de regime" passa a "não será feita até à próxima legislatura" ... E o grande erro do governo foi a falta de investimento na cultura ...

  • O "animal feroz" dá lugar ao homem modesto e humilde (quem quer Sócrates imitar ou tentar convencer?)

  • A oposição - que constantemente era acusada de não existir e de não fazer propostas - parece ser tratada agora com "muito respeitinho"

E, afinal, meus caros amigos, a verdade é tão simples: Um Primeiro-Ministro sem vergonha na cara e sem pudor (porque não sabe o que isso é) decide "ensaiar" uma manobra para entreter os lerdos e esquecer o nosso endividamento de 100% do PIB, a nossa miséria social e outras situaçõs que deveriam ser atacadas, mas não são ...


Afinal, para um "político profissional" - encartado sabe-se lá como e com que habilitações ... - o que importa é mesmo fazer o mais fácil: MENTIR, MANIPULAR e ... ver o que a coisa dá ...


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