Hoje falaremos do Conde da Ericeira:
No plano económico, destacou-se D. Luís de Menezes (1632-1690), 3º Conde da Ericeira, que no reinado de D. Pedro II exerceu o cargo de Vedor da Fazenda (que corresponde ao nosso actual ministro das finanças), tendo-se destacado no desenvolvimento de manufacturas (ou seja, pequenos núcleos de produção artesanal e pré-industrial - por isso não lhes podemos chamar fábricas ainda) que procuravam impulsionar a nossa economia doméstica e acabar com a "praga" importadora que o reino adquirira - sobretudo - desde os Descobrimentos. Aliás, neste mesmo sentido, D. Luís de Menezes vai editar as célebres "Pragmáticas" contra o Luxo (1686 e 1687), em que vai prooibir a importação, entre outros produtos (como os panos ingleses), de tecidos de luxo e de pedras preciosas (sobretudo consumidos pela aristocracia).
Das (várias) manufacturas que criou destacam-se as de tecelagem e lanifícios no Fundão, Covilhã, Redondo e Portalegre.
Foi chamado o "Colbert" Português.
Ter-se-á suicidado lançando-se da janela do seu palácio, em Lisboa (o poder e as dificuldades que teve de enfrentar ter-lhe-iam trazido "merancoria").
Pena que tivesse tão pouco tempo de vida para concretizar o que dele tanto se esperava ...
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