sábado, 22 de agosto de 2009

As próximas eleições I


Começo hoje uma coluna em que me proponho analisar, de forma mais ou menos pormenorizada, o próximo processo eleitoral tendente a escolher os deputados à Assembleia da República e - mais proverbial e popularmente - a próxima composição governativa.

Como sabem, estão esgotados - espero que definitivamente - 4 anos e meio de maioria absoluta, prepotente, autoritária, arrogante e ignorante de José Sócrates e da sua "camarilha" (com um apêndice discreto que dá pelo nome de Partido Socialista).

Nunca (desde o 25 de Abril de 1974), como nestes 4 anos e meio, se snetiu tanto o peso do chicote do Estatismo em Portugal. A tal ponto que os funcionários públicos temem abrir a boca por "respeitinho" ao chefe e por medo de verem as suas carreira prejudicadas por, legitimamente, discordarem - muitas vezes de forma clara e, por que não, "chamando os bois pelos nomes" (mesmo!) ...
  • O Professor Fernando Charrua foi saneado da estrutura técnica da Direcção Regional de Educação do Norte porque - e muito bem - deu à política de Sócrates e à sua própria figura o nome que esta mereciam

  • O Presidente da Câmara Municipal de Vieira do Minho - Padre Albino Carneiro - foi insultado pela inenarrável "popota" Margarida Moreira (a mulher do tal chicote estatista na DREN). Ele que, ainda por cima, é um religioso ...

  • A Directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho foi saneada. Vários Professores foram identificados por - legitima e constitucionalmente - se manifestarem contra as políticas educativas soviéticas e autoritárias do Ministério de Maria de Lurdes Rodrigues.

  • A Directora do Museu Nacional de Arte Antiga, Professora Doutora Dalila Rodrigues, uma mulher competentíssima e que é - talvez - das pessoas que mais sabe de Museus e de Cultura em Portugal, foi saneada pela anterior titular da pasta da Cultura, Isabel Pires de Lima

E tantos, tantos outros exemplos pelo país todo desta vaga de terrorismo de Estado, em que se usa o poder e a influência sobre a vida profissional das pessoas para as obrigar a pensar pela única cabeça possível: a do Estado macrocéfalo e tentacular, feito propriedade e refém dos absolutos senhores do poder - os Socretinos!

A isto chama-se claustrofobia e asfixia democrática. É com que tenhamos memória!

Independentemente do partido ou convicções políticas que cada um tenha, o essencial é desmascarar estes canalhas, removê-los do poder a todo o custo e votar contra o actual PS!

Continuaremos a analisar, com alguma "malha fina", as incidências deste processo eleitoral


6 comentários:

  1. Tudo o que a Margarida dissesse ao Padre era bem dito. Esse Sr. Padre é um mal-educado, maldicente, rural e acima de tudo, intratável.
    Perguntem a quem já privou com ele...
    Vieira do Minho está muito mal servida com um homem daquele calibre a liderar os caminhos do município. A ele, nem um simples grupo de jovens daria a responsabilidade.

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  2. O Gonçalo que me permita, mas não resisto a comentar o comentário anterior: afirma a/o anónima/o que [e]sse Sr. Padre é um mal-educado, maldicente, rural.
    Não conheço o dito sacerdote. Sei que também Joé Sócrates é também ele tudo isso - nem lá falta o nascimento beirão para dar ruralidade à coisa -, e dificilmente se conceberia que alguém lhe dissesse «o seu lugar não é aqui, no Governo, era no fundo da sacristia». Em todo caso vejo neste caso e neste comentário um fundo de justiça poética contra o clero e contra o cristianismo: é que, como é consabido, a ideia da superioridade da cidade relativamente ao campo (estampada no arrolar da condição de «rural» na listagem de defeitos que aqui nos foi trazida) foi iniciada precisamente com os cristãos e a sua asserção de que os cultos gentílicos do Império Romano eram coisa de rurais, de pagãos (que vem de pagus, «camponês»). Ver, tantos séculos volvidos, um sacerdote ser atacado com as mesmas armas que os seus antecessores empunharam é sobremaneira cómico: mas é sobretudo demonstrativo que ainda há gente, como o anónimo, que se supõe superior dada a sua condição de citadino. E quer gente que assim pensa, preconceituosa e imbecilmente, arrogar-se dizer se dado município fica bem ou mal servido com seu edil...

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  3. Bem Gonçalo... sobre o tal padre não conheço o episódio mas honestamente não acho que só porque é um membro da Igreja Católica que esteja imune a qualquer tipo de critica. Felizmente ainda estamos num país democratico por muito que às vezes não pareça. Portanto sendo ou não religioso não merece mais atenção pelo facto. Há muita gente não religiosa e não merece menos consideração numa qualquer ofensa que quem é.

    Quanto à questão do saneamento profissional... isso não é nem nunca foi exclusivo do PS. Aliás foi pratica do PSD durante bastante tempo. Se calhar menos divulgada pelos media é certo mas nem por isso deixa de existir. Por isso venha quem vier vai ser sempre mais do mesmo porque o que este país mais vê é a mudança dos poleiros e a continuação das injustiças.

    E a politica é isso mesmo... meio mundo a atacar outro meio e a querer fazer acreditar que são muito melhores que o outro. E não vejo maneira de deixar de ser assim...

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  4. Anónimo

    Independentemente dos comentários valorativos que teceu, há um elemento central que me interessa no meio disto tudo: o veredicto do voto popular.

    O Padre Albino Carneiro foi eleito Presidente da Câmara Municipal de Vieira do Minho, em 2005 (tinha-se candidatado em 2001, mas perdeu por escassa margem). Deixou a vida paroquial activa (exercendo essas funções apenas esporadicamente em casamentos e baptizados). A população terá encontrado no candidato méritos para o eleger, certamente.

    Margarida Moreira, mais uma vez, mostrou o seu nível cultural e educativo, para além de revelar o respeito que tem pelo regime democrático e pela alteridade e diversidade de opiniões: 0!

    O que não podemos é embarcar no discurso de superioridade moral e civilizacional da cidade sobre o campo. Basta dizer que, sem campos, não havia de manjar para ninguém e que sem cidades também não havia um certo cosmopolitismo - ou seja: ambas precisam uma da outra.

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  5. João Vilela, meu Caro Amigo

    Absoluta e claramente de acordo com a tua opinião!

    Subscrevo inteiríssimamente!

    Um grande abraço

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  6. Orquídea

    1 - Eu não disse que o Padre Albino Carneiro, por ser Sacerdote, merecia mais respeito que qualquer um de nós leigos. Cito-me de cabeça "foi insultado ... ele que merecia um pouco mais de respeito".

    Repare-se aqui que o "mais" se refere ao seguinte: Margarida Moreira, segundo o jornal que cito, estava a debater com o autarca (que naquele momento, lembro, é um edil e não um padre!) o mapa educativo concelhio. A DREN não terá gostado de uma posição do Autarca Vieirense e disse-lhe "o seu lugar é na Sacristia!".

    Ou seja: Margarida Moreira (como sempre!) não usou argumentos para rebater o que Albino Carneiro disse mas a vil, rasteira e reles acusação de que deveria regressar "à sacristia". Isto é que é flta de respeito pelo regime democrático e pela opinião diferente! Quem não tem maturidade para aceitar uma crítica ou uma ideia diversa da sua é um prepotente e um autoritário e nã merece estar a representar os Portugueses!

    2 - Não acreditro que a comunicação social preste mais atenção a casos de "saneamento" político na administração pública nos governos do PS em comparação com os do PSD (basta ver, em escala mínima, o que a imprensa "malhou" no governo de Pedro Santana Lopes - e por coisas muito menos graves do que as que este governo fez - e o "Estado de Graça" de 2 anos que deu a Sócrates).

    Agora o que acontece é que, efectivamente, NENHUM governo desde o 25 de Abril, foi tão visivelmente autoritário, prepotente e arrogante como este. Chegar ao cúmulo de fazer processos disciplinares em dirigentes de topo da Função Pública só porque discordam da orientação governativa e humilhá-los publicamente ...

    Repito: não me parece que nem no auge da crispação, os governos do Prof. Cavaco Silva tivessem este tipo de atitude.

    E a diferença entre estes e Sócrates é clara: é que Cavaco é uma pessoa adulta e com nível, ao contrário do actual PM.

    3 - Acho que nunca como nestas eleições, 2 candidatos a primeiro-ministro são tão diferentes em termos de perfil e opções políticas ...

    E vou escrever agora um post sobre isso

    Saudações amigas na História

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