
Muito haveria, seguramente, para escrever e dizer a respeito deste tópico...
Há muita confusão na cabeça das pessoas nesta sociedade superficial e profundamente ignorante nesta poluição informativa que, através dos "media", catequiza erradamente as cabeças das pessoas.
No entanto sejamos simples, breves e "grossos" (grosso modo) na maneira de o abordar, porque há questões que devem ser devidamente analisadas:
- Toda a gente diz mal da Igreja Católica, mas TODA a gente gosta dos feriados católicos (e nã se consta que seja para os festejar com entusiasmo e devoção, junto da família, mas antes para mundana satisfação e prazer individual).
- Toda a gente diz mal da Igreja Católica, mas TODA a gente quer um funeral com missa de corpo presente.
- Toda a gente diz mal da Igreja Catolica, mas TODA a gente quer missas por intenção da alma de pessoas falecidas - "fica bem".
- Toda a gente diz mal da Igreja Católica, mas TODA a gente sonha com um casamento religioso para pretextuar um grande banquete, largo e farto e esquecer a verdadeira essência das coisas: a união eterna e a comunhão de esforços que o casamento traz...
- Toda a gente diz mal da Igreja Católica, mas TODA a gente sonha em fazer a comunhão dos filhos - mesmo que não façam Crisma (aqui já não há comes) - para dar largas a (mais) um grande banquete em que a família e arredores sejam todos convidados...
- Toda a gente diz mal da Igreja Católica, mas TODA a gente se diz "católico não praticante", "culturalmente catíolico" ou "ocidental" - é preciso perceber que o conceito de "ocidental", mais do que a posição geográfica, marca uma cultura europeia em que o Cristianismo é a matriz mais destacada e estruturante.
- Toda a gente diz mal da Igreja Católica, mas QUEM PODE coloca os filhos em Colégios Católicos, considerando que esta é a melhor formação (integral) para os filhos.
- Toda a gente diz mal da Igreja Católica, mas TODA a gente é herdeira de uma cultura caritativa, libertária e individual própria da doutrina cristã
Diz-se frequentemente que o Papa está cheio de ouro, ricos paramentos e um luxo ostentatório... Pergunto: como se marcava, em tempos idos (e temos que perceber que há um contínuo e uma coerência em todos estes séculos - e essa é a força de uma instituição com 2000 anos!!) a diferenciação social entre quem estava no "topo" e na base da pirâmide social? Era dessa forma - pela imagem, pelo esmagamento do indivíduo perante todo aquele "espectáculo cénico" de poder...
Muito fez o Papa João Paulo II (e agora também Bento XVI) que, reconhecendo as fragilidades e debilidades de uma organização humana que é a Igreja, pediu desculpa pelos actos indignos e profundamente arbitrários cometidos no passado: a Inquisição, o "Index" e outras perseguições aceites pelos poderes eclesiásticos...
Ainda não qualquer ayatollah pedir desculpa pela destruição criminosa e vergonhosa dos budas do Afeganistão, ou pelo apedrejamento das mulheres vítimas de violência e totalmente desprotegidas face aos maridos todo-poderosos, ou pelas perseguições feitas a turistas e cidadãos em nome da "jihad"...
De facto, os 2010 anos da Igreja de Cristo e a contínua luta do Povo de Deus dão a esta instituição - que é feita, recordo, não pelos Padres, não pelos Bispos e Papa, mas por TODOS os que dela faze parte e comungam da união dos irmãos - a força para continuar a estimulante caminhada de acompanhar um mundo em permanente mudança mas que está completamente à deriva, "sem rei, nem roque"