sexta-feira, 10 de abril de 2009

Dever de Reserva


Por muito óbvias que sejam as realidades, elas custam a entrar na cabeça de algumas almas que, levadas a ombro pelas hordas mediáticas e pelo desassombro da paixão (seja ela qual for) se julgam senhoras de uma opinião "isenta" e "desapaixonada", quando a atitude que as deveria mover tem um nome bem fácil de pronunciar: dever de reserva!
E porquê? Porque a deontologia e a ética (de que falam até à exaustão, obliterando as palavras) passam por aí! Nos assuntos em que, de algum modo, estamos envolvidos, não devemos pura e simplesmente escrever sobre eles - porque nos arriscamos a TODO o tipo de interpretações!

É o caso de Fernanda Câncio que, segundo parece, é namorada do PM, José Sócrates (está por provar a titulatura). Tendo esta eminente qualidade em Portugal - que é a de ser primeira dama - a jornalista do DN não se coíbe de, na sua crónica semanal no mesmo jornal (que, antes da ascenção à dita qualidade era, apenas, uma página na revista "Notícias Magazine", de Domingo) defender o indefensável: as posições autistas e totalmente desfasadas da realidade que Maria de Lurdes Rodrigues toma; as cenas de violência do Carolina Michaelis ou até, pasme-se, o caso de Madeleine McCann.

Pois a mais recente peroração da nossa excelsa (qual Bruni? qual Michelle?) primeira figura feminina do complexo político-mediático é esta e cheira a esturro: cheira (tresanda) a defesa de José Sòcrates; cheira (tresanda) a pressão; cheira (fede!) a seguir o tão propalado caminho da vitimização ... Mas vejam com os vossos próprios e desnudos olhos :)


Retenho apenas 3 excelentes comentários que li nesta mesma página do artigo de que vos coloquei hiperligação:

- "A Menina de Ouro do PS... (noutros tempos chamava-se a isto "santanete"; hoje chama-se a isto "grande intelectual cosmopolita". Nem todos os seres humanos são iguais, como se vê".

- "É curioso que a Fernanda Câncio ache que para haver pressão é preciso haver "ameaça ilegítima". Não foi o que escreveu na sua crónica de 13 de Abril de 2007 quando considerou ser uma "pressão ilegítima" sujeitar as grávidas a uma consulta médica antes de abortarem. Onde estaria, nessa consulta, a "ameaça"? "

- "Fernanda Sócrates Santos Silva,a jornalista..."

E, já agora, vale a pena ler este e este artigos de Mário Crespo no JN. O Jornalista com mais coragem que exerce, neste momento, em Portugal!
Basta de tentar encobrir o óbvio: A VIGARICE!



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