domingo, 1 de fevereiro de 2009

Adopção por Casais Homossexuais

Antes de mais, quero pedir desculpa. Sim, não estão a ler mal... Quero mesmo pedir desculpa. Este assunto provavelmente irá ofender alguns e enervar outros, no entanto, a questão é essencial:

"Deve ser permitida a custódia de uma criança a um casal homossexual?"

O primeiro pensamento que terão será... Casal Homossexual ? Num pais tão tradicional como o nosso ? Eu, sinceramente, não me oponho. O que eles querem fazer, é problema deles... Como alguém que eu conheço diria: "Tanto melhor, mais oferta para nós!! Eheh :)". Por isso essa questão fica imediatamente saldada.

O problema aqui reside na próxima "luta" deles. Como é óbvio, esta consistirá na adopção. Eu não concordo com isto. Porquê? Simples... Nós, que crescemos segundo os valores tradicionalistas, habituamo-nos a ver casais normais, constituídos por um homem e uma mulher. Não é de desprezar a confusão inerente a uma criança quando verifica que afinal de contas, também existem casais de homens e de mulheres. Agora imaginemos o oposto, uma criança que cresceu como filha de um casal de homossexuais e verifica que existem outro tipo de casais. Como devem imaginar, a propensão destas crianças será mais virada para a homossexualidade como algo normal, do que propriamente para a heterogenia. Faz-me lembrar um pouco das minhas discussões acerca da cultura islâmica: a razao de ser de todo aquele desaire assenta na educação dada ás crianças....
Isto fora o mais obvio, que salta á vista de todos: será que um casal de homens pode dar a ajuda ou experiencia devia a uma menina, ou um casal de mulheres pode ajudar um menino ? A experiencia de ambas as partes num casal é o que o importa, e em ambos os casos, esta experiencia não existe. Como é que um casal de homens pode ajudar uma menina a passar por algo como a primeira menstruação se nunca passaram por tal? Pois... Quem diz isto, diz também a primeira briga de escola... As mulheres, na sua sabedoria idiotica, dirão "nada de porrada!", quando na realidade, nada fala melhor que um belo punho. Mas esta é apenas uma das vertentes. A segunda, seria um casal de homens a educar um menino, e o mesmo para uma menina ser educada por um casal de mulheres. Ora bem, custa-me a pensar a segunda (por motivos obvios) no entanto imagino a primeira. A educação seria dura e dificil, para dizer pouco, e isto abranguendo a socidade, o despreso das outras pessoas e outros motivos que tais. Por outro, não quero imaginar as implicações que crescer num mundo puramente masculino teria.
Após tudo isto, a questão final.... As crianças que estão actualmente em lista de adopção. Todos nós sabemos o quanto demoroso, burocratico e idiótico o processo actual é, em parte devido ao subsidio que os "albergues" recebem por cada criança (enquanto poupam ao máximo com elas), mas também devido ao próprio processo de adopcção (o qual não deve ser facil para ambas as partes). A minha ultima questão é: Será que a criança teria um destino melhor com estes casais, do que nestas "albergarias" ?

15 comentários:

  1. Caro Amigo

    Parabéns pela escolha do tema (ainda controverso) e pela forma aberta e clara como colocas a questão.

    1 - Sou favorável à união de facto entre Homossexuais. Não me repugna nada que possam ter direitos, liberdades e garantias. Simplesmente, sou contra o uso do termo "casamento", porque tem uma carga cultural e institucional relacionada com um modelo familiar heterossexual. Chamem-lhe o que quiserem menos isto

    2 - Concordo em absoluto com tudo o que escreveste sobre a questão da adopção. Sou frontalmente contra, sem reservas. Sabes, abordo muito este tema nas minhas aulas de Estudo do Meio Social com as minhas alunas de Educação de Infância e chegamos a essa conclusão: é negativo para as crianças, do ponto de vista da sua identidade pessoal e social, não terem um modelo de família "normal" - é desestruturador da sua identidade e pode levá-las para a marginalização e a delinquência.

    Um grande abraço

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  2. Não diria que se tornariam delinquentes, isso já dependeria de vários factores, no entanto, não tenho duvidas que seriam marginalizadas pela sociedade em que vivemos. Especialmente na nossa sociedade que, sem sombra de dúvidas, é tradicionalista.

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  3. Sinceramente, acho que já foi bem mais tradicionalista do que aquilo que é ...

    A nossa Sociedade é, sobretudo, uma sociedade de modas:
    - não há nada mais "tradicional" numa geração juvenil do que usar como ícones símbolos da contestação nos anos 60, como "Che"
    - não há nada mais "contra naturam" do que defender os direitos de sociedades que maltratam as mulheres e as crianças (falo das sociedades islâmicas fundamentalistas)

    Estamos num tempo muito esquisito ...

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  4. Como habitualmente, resumo-te tudo numa única palavra: "DEMOCRACIA". Vem do DEMO! :).

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  5. «Antes de mais, quero pedir desculpa. Sim, não estão a ler mal... Quero mesmo pedir desculpa. Este assunto provavelmente irá ofender alguns e enervar outros, no entanto, a questão é essencial:

    "Deve ser permitida a custódia de uma criança a um casal homossexual?"»

    R: Não tem de pedir desculpa por nada. O assunto não é ofensivo para ninguém.

    «"O primeiro pensamento que terão será... Casal Homossexual ? Num pais tão tradicional como o nosso ? Eu, sinceramente, não me oponho. O que eles querem fazer, é problema deles... Como alguém que eu conheço diria: "Tanto melhor, mais oferta para nós!! Eheh :)". Por isso essa questão fica imediatamente saldada.»

    R: União de facto não é a mesma coisa que casamento. Os deveres e direitos são diferentes. A união de facto é neste momento acessível quer a casais heterossexuais, quer a casais homossexuais. Já o casamento, com tudo o que implica (heranças, pensões de viuvez, direitos de arrendamento, pensões após divórcio, etc) só são permitidos a casais heterossexuais. Se vir na constituição portuguesa, não deveria haver discriminação dos direitos civis com base na orientação sexual.

    «O problema aqui reside na próxima "luta" deles. Como é óbvio, esta consistirá na adopção. Eu não concordo com isto. Porquê? Simples... Nós, que crescemos segundo os valores tradicionalistas, habituamo-nos a ver casais normais, constituídos por um homem e uma mulher. Não é de desprezar a confusão inerente a uma criança quando verifica que afinal de contas, também existem casais de homens e de mulheres. Agora imaginemos o oposto, uma criança que cresceu como filha de um casal de homossexuais e verifica que existem outro tipo de casais.»

    R: Se aplicasse este raciocínio a mães ou pais que têm de educar os seus filhos sozinhos, diria que seria melhor serem educados numa instituição do que numa família não tradicional? Note que estas famílias não são novas, porque se é verdade que o divórcio só foi permitido com a Democracia, a viuvez e as mães solteiras sempre existiram. E se fosse uma mãe ou um pai solteiros, homossexuais ou bissexuais, já lhes concederia o direito a educar os seus filhos e a adoptar?

    «Como devem imaginar, a propensão destas crianças será mais virada para a homossexualidade como algo normal, do que propriamente para a heterogenia. Faz-me lembrar um pouco das minhas discussões acerca da cultura islâmica: a razao de ser de todo aquele desaire assenta na educação dada ás crianças....»

    R: Qual é o problema de uma criança ver a homossexualidade como uma coisa natural, se é mesmo uma coisa natural? Não é considerada uma doença há já muitíssimo tempo!

    «Isto fora o mais obvio, que salta á vista de todos: será que um casal de homens pode dar a ajuda ou experiencia devia a uma menina, ou um casal de mulheres pode ajudar um menino ? A experiencia de ambas as partes num casal é o que o importa, e em ambos os casos, esta experiencia não existe. Como é que um casal de homens pode ajudar uma menina a passar por algo como a primeira menstruação se nunca passaram por tal? Pois... Quem diz isto, diz também a primeira briga de escola... As mulheres, na sua sabedoria idiotica, dirão "nada de porrada!", quando na realidade, nada fala melhor que um belo punho. Mas esta é apenas uma das vertentes. A segunda, seria um casal de homens a educar um menino, e o mesmo para uma menina ser educada por um casal de mulheres. Ora bem, custa-me a pensar a segunda (por motivos obvios) no entanto imagino a primeira. A educação seria dura e dificil, para dizer pouco, e isto abranguendo a socidade, o despreso das outras pessoas e outros motivos que tais. Por outro, não quero imaginar as implicações que crescer num mundo puramente masculino teria.»

    R: Que chorrilho de preconceitos!!! A coutada do macho latino, realmente! Parece mesmo que acha que se deve tirar as crianças a famílias monoparentais, mas só se as crianças forem do mesmo sexo do pai ou da mãe!!! Você não seria capaz de ajudar a sua filha na sua primeira menstruação? Talvez então seja melhor não ter filhos! Mas não obrigue a que isso seja impedimento para os outros!

    «Após tudo isto, a questão final.... As crianças que estão actualmente em lista de adopção. Todos nós sabemos o quanto demoroso, burocratico e idiótico o processo actual é, em parte devido ao subsidio que os "albergues" recebem por cada criança (enquanto poupam ao máximo com elas), mas também devido ao próprio processo de adopcção (o qual não deve ser facil para ambas as partes). A minha ultima questão é: Será que a criança teria um destino melhor com estes casais, do que nestas "albergarias" ?»

    R: Pois é. Estas instituições é que aumentam o risco de marginalização e delinquência, já para não falar de outras coisas.

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  6. Caro Anónimo

    Bem vindo ao nosso blog e obrigado pelo seu contributo neste tema tão actual e fracturante da sociedade portguesa.

    Deixe-me apenas discordar de si num ou outro ponto:

    "Se vir na constituição portuguesa, não deveria haver discriminação dos direitos civis com base na orientação sexual".

    Não se trata de discriminação nas relações sociais e na vida cívica, julgo que aí não deverá haver qualquer segregação homofóbica. Mas repare: acha que uma instituição cultural - que é o casamento ocidental - que reside na união de dois seres de sexos diferentes pode ser subvertida, alterada na sua estrutura básica e continuar a chamar-se a mesma coisa: NÃO! Isso não é honesto!

    Se os homossexuaais querem os seus direitos - e acho muito bem que desenvolvam a sua luta - não têm o direito de modificar um princípio da Cultura Ocidental de há milénios!

    "Qual é o problema de uma criança ver a homossexualidade como uma coisa natural, se é mesmo uma coisa natural?"

    O problema não está na criança - que poderá fazer o seu caminho sexual, depois da adolescência, como muito bem entender! - mas sim nos valores que lhe são transmitidos, na família (ou ausência dela) e na sociedade (ou seja, os seus colegas). Quer queiramos, quer não, só é possível a sociedade reproduzir-se numa base heterossexual. Não quero imaginar reproduções sexuais em laboratório e crianças feitas "a la carte" ... Isso nãao é humano!

    Os modelos, as regras existem na nossa cabeça por muito abertos que sejamos! Os preconceitos (conceitos "a priori") existem em todas as mentes! Há uma tendência para imitar e reproduzir valores!

    Obrigado pelo seu contributo e pela sua corajosa intervenção. Volte sempre

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  7. Olá de novo,

    «Não se trata de discriminação nas relações sociais e na vida cívica, julgo que aí não deverá haver qualquer segregação homofóbica. Mas repare: acha que uma instituição cultural - que é o casamento ocidental - que reside na união de dois seres de sexos diferentes pode ser subvertida, alterada na sua estrutura básica e continuar a chamar-se a mesma coisa: NÃO! Isso não é honesto!

    Se os homossexuaais querem os seus direitos - e acho muito bem que desenvolvam a sua luta - não têm o direito de modificar um princípio da Cultura Ocidental de há milénios!»

    R: O direito a viver com a pessoa que se escolheu para companheira numa relação reconhecida socialmente (com as respectivas implicações legais), independentemente dos gostos de cada um, é um direito básico "nas relações sociais e na vida cívica".

    Penso que está equivocado quanto à história do casamento na cultura ocidental. Se pesquisar um pouco vai descobrir que, por exemplo, na Roma clássica ou na Idade Média, o casamento nada tinha que ver com o actual. Mesmo a ideia do casamento por amor é um conceito muitíssimo recente (e é uma das razões por que não deve haver restrições à orientação sexual - porque "o amor é cego"). E o acesso generalizado ao divórcio? Não é nada milenar, mas é crucial para defender os direitos humanos e para combater a infelicidade de muita gente! Por isso, viva o progresso nesta área!

    «O problema não está na criança - que poderá fazer o seu caminho sexual, depois da adolescência, como muito bem entender! - mas sim nos valores que lhe são transmitidos, na família (ou ausência dela) e na sociedade (ou seja, os seus colegas). Quer queiramos, quer não, só é possível a sociedade reproduzir-se numa base heterossexual. Não quero imaginar reproduções sexuais em laboratório e crianças feitas "a la carte" ... Isso nãao é humano!

    Os modelos, as regras existem na nossa cabeça por muito abertos que sejamos! Os preconceitos (conceitos "a priori") existem em todas as mentes! Há uma tendência para imitar e reproduzir valores!»

    R: Mas o problema actual da humanidade não é o superpovoamento?! Logo, só haveria um problema para a manutenção da humanidade se algum dia toda a gente passasse a ser homossexual, o que não parece muito provável. Aliás, tanto quanto se sabe, não parece haver uma relação directa entre a educação e a orientação sexual. Por outro lado, mesmo que houvesse mais homossexuais, e tendo em conta que eles são, tendencialmente, pessoas mais criativas e inconformadas, o aumento do seu número poderia até ser positivo para todos. Mas pensa-se que a percentagem de homossexuais se tem mantido ao longo dos tempos, nas mais variadas condições, mas ou menos reconhecidos.

    Concluindo: se todos apenas reproduzíssemos o que os nossos avós faziam, ainda vivíamos todos em cavernas, não?

    L.

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  8. Caríssimo

    "Se pesquisar um pouco vai descobrir que, por exemplo, na Roma clássica ou na Idade Média, o casamento nada tinha que ver com o actual".

    Olhe que está enganado, sou docente de História da Família e posso dizer-lhe que o casamento actual e o antigo têm muitas pontes de contacto: a forma de um contrato (isto não quer dizer que não haja amor, mas há uma formalização da união perante o Estado ou as autoridades religiosas), a educação dos filhos, a ideia de lar. Recomendo a leitura de Jack Goody e Claude Lévi-Strauss.

    "Concluindo: se todos apenas reproduzíssemos o que os nossos avós faziam, ainda vivíamos todos em cavernas, não?"

    Peço desculpa se não me fiz entender, mas não estou a defender o imobilismo e a resistência face ao progresso. O que penso é que a continuação da humanidade enquanto espécie depende da união heterossexual. Foi isso que eu quis dizer.

    Acho que o amor e a felicidade de cada um se devem realizar plenamente, seja qual for a sua opção sexual. Respeito muito, digo-lhe com sinceridade, os homossexuais. Mas sou absoluta e incondicionalmente contra a adopção de crianças por homossexuais pelas razões que já evidenciei.

    Um abraço e obrigado pelo debate que tem proporcionado

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  9. Boa Tarde.
    Antes de mais, um pedido de desculpas... Já verifiquei que existiu um debate e tive o azar de o perder. No entanto, não posso deixar de responder a certos parâmetros:

    “Se aplicasse este raciocínio a mães ou pais que têm de educar os seus filhos sozinhos, diria que seria melhor serem educados numa instituição do que numa família não tradicional? Note que estas famílias não são novas, porque se é verdade que o divórcio só foi permitido com a Democracia, a viuvez e as mães solteiras sempre existiram. E se fosse uma mãe ou um pai solteiros, homossexuais ou bissexuais, já lhes concederia o direito a educar os seus filhos e a adoptar?”

    Na minha ideologia, a viuvez é um caso especial, assim como mães e pais solteiros. As pessoas devem assumir a responsabilidade dos seus actos, como tal, acho bem que eduquem os seus filhos. Também não estou a dizer que os filhos devam ser retirados aos pais, pelo contrário. Essa medida deverá ser tomada apenas em casos extremos, em que não se consegue garantir a sobrevivência das crianças. Apesar disto, também penso que mãe ou pai solteiros, não deve ser dada permissão para adoptar.

    “Qual é o problema de uma criança ver a homossexualidade como uma coisa natural, se é mesmo uma coisa natural? Não é considerada uma doença há já muitíssimo tempo!”

    Não estou a falar de doenças, nem a tentar fazer qualquer espécie de descriminação. Dai o meu pedido de desculpas logo de início, já sei que falar de certos e determinados temas dá azo a este tipo de interpretações. Para mim, e na minha opinião, o que seria mais importante seria educar a criança segundo certos parâmetros. Levando as coisas um pouco para a brincadeira, a natalidade já é baixa quanto baste, não precisamos que esta baixe ainda mais!

    “Que chorrilho de preconceitos!!! A coutada do macho latino, realmente! Parece mesmo que acha que se deve tirar as crianças a famílias monoparentais, mas só se as crianças forem do mesmo sexo do pai ou da mãe!!! Você não seria capaz de ajudar a sua filha na sua primeira menstruação? Talvez então seja melhor não ter filhos! Mas não obrigue a que isso seja impedimento para os outros!”

    Famílias monoparentais? Estamos a falar de adopção, e não do critério usado para decidir se as crianças devem ser retiradas ás famílias. Para mim, são dois conceitos distintos. Numa, as crianças já estão “habituadas” ás famílias, e desloca-las teria um impacto psicológico a não desprezar. No outro, estamos a falar de “dar” as crianças. E já agora, não sei se seria ou não capaz, o que estou a referir é um parâmetro MUITO IMPORTANTE, chamado EXPERIÊNCIA. É quase como pescar… Posso saber tudo sobre peixe, mas se nunca tiver pescado, certamente que vou errar as primeiras vezes…

    “Mas o problema actual da humanidade não é o superpovoamento?! Logo, só haveria um problema para a manutenção da humanidade se algum dia toda a gente passasse a ser homossexual, o que não parece muito provável. Aliás, tanto quanto se sabe, não parece haver uma relação directa entre a educação e a orientação sexual. Por outro lado, mesmo que houvesse mais homossexuais, e tendo em conta que eles são, tendencialmente, pessoas mais criativas e inconformadas, o aumento do seu número poderia até ser positivo para todos. Mas pensa-se que a percentagem de homossexuais se tem mantido ao longo dos tempos, nas mais variadas condições, mas ou menos reconhecidos.”

    Posso não perceber muito de história, mas o que se passa é de facto um sobre povoamento da Terra, em determinadas zonas do planeta. O nosso país sofre o oposto. Existe uma taxa de natalidade baixíssima, que acercava os 1.4, da última vez que verifiquei. A taxa ideal seria os 2.1, devido ao repovoamento e ás percentagens de natalidade (normalmente nascem mais raparigas que rapazes). Também concordo com a parte que os homossexuais normalmente são mais criativos e inconformados, basta verificar que é um acto de coragem, na nossa sociedade, assumir que se é homossexual. Apesar de tudo isto, não penso que seja benéfico, especialmente para a já referida… taxa de natalidade. Temos um envelhecimento geral da população e é necessário instigar o rejuvenescimento. No entanto, concordo também que cada um deve defender as suas opções e ser feliz dentro do possível, no entanto, e apesar de não estar cientificamente provado, é para mim óbvio que a educação fornecida a uma criança influencia fundamentalmente no tipo de pessoa que essa criança se irá revelar. Basta pensar no médio oriente. Aquelas gentes cresceram e foram educadas com o ódio, o que revela por si só a dificuldade no processo de paz.

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  10. Interessante debate este que o "Verdades Portuguesas" está a promover ...

    Mas há uma coisa com a qual não concordo contigo, Adriano: "basta verificar que é um acto de coragem, na nossa sociedade, assumir que se é homossexual".

    Já não é tanto assim ...

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  11. É fruto da evolução dos tempos, é certo, no entanto, há coisas que são difíceis de mudar... Basta pensares assim. Como achas que os pais de alguém reagem quando descobrem que os filhos são homossexuais? Em Portugal... claro está. De certeza que não é com atitudes positivas

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  12. será? cada um escolhe o k fazer. desde ja considero k um casal homo nao tem condições para educar uma criança

    tal como scrito neste blog: http://braldesign.com/Blogs.php?id=2

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  13. Pois... Aparentemente o Cardeal também pensa o mesmo.

    Link:
    http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/498476

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  14. Gente que nada sabe....Caras Professoras de história estudem.....mas estudem mesmo. É mais do que óbvio que o conceito de casamento tem evoluído muito. Entristece-me ver que vivo num país supostamente desenvoldido, mas medíocre em mentalidade. Gente POBRE. Gente muito pobre de espírito. Gente que vem para aqui comentar e dar a sua opinião, sem quaisquer conhecimentos de fisiologia, psicologia e história.
    Não me quero alargar. Apenas deixo a sugestão...
    "Pessoas" que fizeram comentários completamente homofóbicos e descriminatórios, lembrem-se que têm filhos. Lembrem-se que o vosso filho pode ser ou vir a ser homossexual...e depois pensem no país e sociedade que estão a criar e a fomentar para o vosso filho viver!!!

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  15. Boa tarde

    Este blog preza acima de tudo a liberdade de expressão e a livre crítica.

    Mas ninguém está aqui para defender a superioridade moral de nenhuma das ideias que postula (julgo eu). Logo, quem está a ser discriminatório é o senhor (ou senhora, visto que é anónimo), ao colocar rótulos nas pessoas que não defendem as ideias que você considera como as melhores e as mais importantes do mundo.

    Podemos ser ignorantes em fisiologia, história e psicologia, mas há uma coisa que não podemos contornar: o determinismo biológico da espécie humana (ou seja, a reprodução natural - repito: natural - que é a heterossexual).

    Dito isto, há algo que para mim é essencial: o máximo e rigoroso respeito pela opção sexual de cada um! Agora há algo que não aceito - é que se chame casamento e família a coisas que não o são!

    Os termos têm um siginificado gramatical, lexical, mas também histórico - há que o precisar e não por tudo dentro de um "saco de gatos".

    Ou acaso queremos agora fazer reproduções "in vitro", de forma artificiosa, para fazermos uma "raça" macrobiótica, como outros já quiseram fazer?

    A sua inconveniência fica por comentar, porque é lastimável ...

    Tenha um bom dia

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