quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

3 grandes democratas





Leia este post, caro leitor e ficará a saber! Aviso-o que terá aqui revelações incríveis!

Vamos começar por fazer a apresentação destes 3 grandes lutadores da democracia - eu diria mesmo mais (como os Dupond e Dupont): 3 grandes lutadores pela liberdade de imprensa e de comunicação. Da cima temos Joseph Goebbels, Mohammed Saeed al-Sahhaf e Augusto Santos Silva.
Joseph Goebbels, iniciado na arte de "dizer a verdade" na imprensa alemã (de vão de escada, note-se), celebrizou-se como Ministro da Propaganda (e do Povo) da Alemanha sob Adolf Hitler. Do seu "rol de verdades" conta-se, sobretudo no período de 1944-45, as "pérolas" seguintes: "a Alemanha está a ganhar a guerra", "a vitória das forças do Eixo é a garantia da liberdade do continente contra a opressão comunista", "estamos a ganhar a guerra" (quando os soviéticos já se aproximavam de Berlim e os Aliados acabavam de vencer os combates da floresta das Ardenas). Como podem ver os leitores, um homem com um profundo sentido realista. (Fonte)

Mohammed Saeed al-Sahhaf - que foi ridicularizado e vilipendiado (porque será?) - exerceu cargo idêntico ao do seu ilustre antecessor mas, desta feita, numa sociedade muito mais liberal: o Iraque de Saddam Hussein e do seu Partido Ba'ath. Foi este homem que, em 2003, aquando da invasão do Iraque pelas forças norte-americanas e britânicas disse aos cidadãos iraquianos que não temessem porque o Iraque "estava preparado" para a guerra. No decorrer do conflito, os seus comunicados diários sobre o ponto de situação no teatro de operações lembram um pouco a precisão do diagnóstico de Goebbels quanto a uma vitória absoluta da Alemanha na II Grande Guerra - a 7 de Abril de 2003 dizia que os "americanos cometem suicídio às portas de Bagdad" e, no dia seguinte (o seu último comunicado como Ministro) afirmava que "os americanos serão derrotados ou queimados nos seus tanques". Entretanto, os Estados Unidos entravam em Bagdad e conquistavam a cidade ... (Fonte)

Mas não se pense que este fenómeno de generosidade libertária na comunicação escapa ao nosso amado Portugal ... Augusto Santos Silva (não confundir com o nosso ilustre colega blogger!), um distinto homem público português - que teve a originalidade de recusar a pasta da Informação e de assumir o Ministério dos Assuntos Parlamentares (o que demonstra a consideração e o respeito que nutre pela "casa mãe" da democracia). Um "bombeiro de serviço" sempre pronto a comentar declarações de todos aqueles que "casquem" no executivo e que não se faz rogado nas maquinações e subterfúgios que usa para defender a sua dama, mesmo que isso signifique "cuspir para o lado" e não ver a "claustrofobia democrática" (Paulo Rangel dixit) em que o país se encontra e pela qual ele é um dos grandes responsáveis. A oposição deve poder falar com toda a tranquilidade, sem ver o seu espaço constantemente invadido por alguém que se devia preocupar com o lixo que tem debaixo do seu próprio tapete ...

Afinal o que une estes três camaradas de armas? O seu gosto pela "contra-informação" e pelo exercício "livre" do contraditório ... Curioso, não acham?

2 comentários:

  1. A pose do 1º revela algo que desconhecia... Homossexuais no poder alemão! Não sou homofóbico nem nada que se pareça, mas não deixa de ser engraçada, até certo ponto, a imagem que arranjaste :). Já as ilusões de certas personagens, como demonstraste de inicio, são típicas dos regimes que escolheste. Afinal de contas, que raio de ditadura é que se deixa matar facilmente sem 1 boa propaganda por trás ?

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  2. É verdade, meu caro - e agora surge a pergunta: qual é a diferença entre uma ditadura e uma democracia em que há uma maioria parlamentar que usa e abusa dessa prerrogativa? Talvez o recurso às famosas "instituições democráticas": Presidente da República, tribunais, etc ... Mas não estão, também, estes órgãos dominados pela maioria parlamentar (à excepção da presidência)? Temos que repensar a democracia representativa que representa apenas alguns ...

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