sábado, 3 de janeiro de 2009

Sociedade (II/II)

Retomando o meu grande almoço no McDonnalds, aquele átrio de saúde plenamente conhecido, o facto de uma senhora de tal idade se encontrar a trabalhar encaminhou-me também para a "Americanização" crescente do mundo e a propaganda que os Estados Unidos da América fazem. Basta sair á rua para vivermos de imediato a sua influencia pelas cadeias de Fast Food, ou até nem isso... Ligando a televisão basta. Nada melhor que um anuncio relativamente á Loreal Paris, denotando o seu longo monopólio, bem à medida do sonho americano. 
Mas então ... o que se sucede aquelas pessoas que, de facto, não tiveram tanta sorte na vida ? Lembro-me de vários vídeos, nomeadamente de musica, que retratam isso mesmo... Desde senhores de sua idade a trabalhar em serviços que exigem algum esforço físico, até pessoas que vão para a rua pedir esmola, porque não tem como garantir a sua sobrevivência ... E é nestas alturas que me pergunto ... "Ao que nos chegamos ?" A nossa sociedade é a sociedade puramente dos números, em que todos nós somos nada mais que ... um numero. 
Desprovido de identidade. Desprovido de significado. Desprovido de ... vida. Para quem não concordar, bastará um passeio pela baixa de uma grande cidade em horas normais, ditas de trabalho. Eu, sinceramente, cada vez menos compreendo como é possível desprezar tanto o homem e a sua própria identidade. Também não entendo como é possível que nós tentemos ajudar os pobres estrangeiros, quando nós não queremos saber dos nossos próprios pobres ? É só de mim, ou isto é ridículo ? ...
Felizmente, dá-me um certo conforto saber que existem organizações e instituições como o "Coração da Cidade", em que, de facto, as pessoas ajudam aquelas que precisam.... e levam-me a pensar: "Há pessoas boas neste mundo ... Ainda."

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