D. José da Cruz Policarpo é, antes de mais, um homem inteligente e sensato. É um académico reconhecido pela sua investigação no domínio da Teologia (apresentou uma tese à Pontíficia Universidade Gregoriana de Roma sobre "Teologias não cristãs" - portanto deve saber do que está a falar ...). Podemos não gostar do que diz, mas convém, antes de reputarmos as suas afirmações de despropositadas, preconceituosas e "raivosas" consultar este link.
Julgo que a maioria das pessoas que acusaram o Senhor Patriarca de estar a promover o ódio religioso (nomeadamente a douta "Amnistia Internacional"), não devem ter lido o versículo 221 da 2ª sura do "Al Corão" (mas recomendo-o que o façam aqui) que passo a citar: "Não desposareis as idólatras até que elas se convertam, porque uma escrava fiel é preferível a uma idólatra, ainda que esta vos apraza. Tampouco consintais no matrimónio das vossas filhas com os idólatras, até que estes se tenham convertido, porque um escravo fiel é preferível a um livre idólatra, ainda que este vos apraza". Abstenho-me de qualquer comentário perante a clareza insofismável desta lei corânica ...
Lamento profundamente a declaração de D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga e Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa que se furtou a comentar a declaração de D. José Policarpo afirmando que "a Igreja não tem nada contra" casamentos mistos (ver comunicado aqui). Continuamos a vergar-nos perante as nossas crenças e aquilo que são os nossos fundamentos civilizacionais para contentar os adeptos do "politicamente correcto" e permitirmos que coisas incríveis como a subjugação das mulheres, o seu apedrejamento por adultério e o desrespeito pelos direitos humanos básicos sejam consentidos em nome de uma pseudo-paz cultural. Sinais dos tempos ...
Isto é complexo, mas só porque nos fomos criados com a nossa Religião não os podes obrigar a comportar-se segundo as nossas normas. Isto no fundo assenta numa base de educação. Eu sei que isto vai-te parecer ridiculo, mas se fosses educado como um deles, isso pareceria-te normal.
ResponderEliminarTens razão, Adriano. É uma questão de educação religiosa e doutrinal, mas há uma coisa que não deixa de me chocar: onde estão os direitos humanos? onde está a defesa da liberdade individual e o direito á livre iniciativa? onde está o respeito pelas mulheres? É nestes pontos que está o cerne na questão ...
ResponderEliminarDiscordo de ti num ponto - quando dizes que não os podemos fazer comportar segundo a nossa religião. Eu acho que não devemos, realmente, mas repara: creio que é precisamente isso que eles fazem, aproveitando-se da nossa tolerância e - vamos ser sinceros - do nosso avanço civilizacional de mais de 500 anos
Sim, eu percebo o teu ponto de vista e não deixo de concordar com ele. Por mais chocado que estejas, sabes que isso é um problema deles e tens que deixar que as coisas tomem o seu curso. No entanto, cá, se ambos souberem ao que se sujeitam... "Quem te avisa teu amigo é", como se costuma dizer. E quer queiras quer não, é uma sociedade livre em que cada um faz o que lhe apetece (QUASE LITERALMENTE).
ResponderEliminarAgora dizeres que nós estamos 500 anos mais avançados que eles é 1 pouco forte de mais... São culturas e costumes bem diferentes. Mas também daqui a pouco dizes que os japoneses estão 600 anos á nossa frente :).
A diferença é esta, Adriano, e doa a quem doer, é clara: muitos muçulmanos ainda lidam mal com palavras como "liberdade", "direitos das mulheres" e "democracia".
ResponderEliminarTal como o Japão é um potentado tecnológico que nos dá "um baile" nesse aspecto, nós damos aos muçulmanos uma "cabazada" nos direitos humanos.
Um abraço amigo