sábado, 3 de janeiro de 2009

Sociedade (I/II)

Um belo dia estava eu a almoçar no restaurante típico da nossa era, o naturalmente famoso... Mcdonnalds, quando vi uma senhora, de já alguma idade, a realizar os serviços de um técnico de limpeza. Após algum tempo, denotei que a senhora não era portuguesa... A sua dicção demonstrava um certo sotaque estrangeiro, semelhante aquele utilizado pelos emigrantes de leste. 
Comecei de imediato a debruçar-me sobre este assunto. De facto, hoje em dia, possuímos muitos estrangeiros em Portugal, muitos deles Dentistas, Médicos, Músicos ... Enfim, uma panóplia de gente com cursos diversos e esforço realizado para o "desperdiçar" em trabalhos cujos conhecimentos são inúteis... E isto passa-se em todo o mundo, especialmente o dito mundo ocidental, desde Londres até Nova Iorque. Existe inclusivamente um episódio do "Big Bang Theory" que satiriza esta situação. O problema aqui parece não existir... Afinal de contas, existe um acordo entre a entidade patronal e o empregado, neste caso estrangeiro... No entanto, a pergunta continua a subsistir na minha mente: não seria possível empregar e "utilizar" estas pessoas de modo mais eficaz? 
Por outro lado, a minha mente também vagueia pelos outros trabalhadores portugueses... Os eternos desempregados, que preferem ficar eternamente sentados a beber finos e a ver a bola, do que a trabalhar a serio.... Até pelos paradigmas sociais em que determinado trabalho é desprestigiante... e serão os estrangeiros que os terão que realizar. E também entram aqui os malditos espertinhos, aqueles que se aproveitam dos estrangeiros para o seu próprio beneficio. Provavelmente, o leitor estará a pensar ... 

"Eh pah, que confusão ... São bastantes pontos de vista a considerar ... Mas como implementar uma ideologia tão vasta ? "

 Pois... Na minha opinião, falta a ideologia para tratar da imigração e do trabalho como uma forma assistida e integrada na realidade portuguesa. No fundo, uma perspectiva mais humana, mas activa, e mais assistida provavelmente extrairá mais dividendos que as politicas actuais. Mas esta é a minha opinião, tão valida como quantas outras ....

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